Ninguém vai nos dar o amor que queremos, ninguém que morreu voltou para nos assegurar do que diz a religião e não existe a sociedade que sonhamos.
O outro é uma decepção? Sim. A religião é uma ilusão? Sim. Existe alguma ideologia que dê conta de toda a complexidade da sociedade? Não.
Parece que nada faz muito sentido.
No entanto, necessitamos de sentido – com a condição de que essa necessidade não vire uma obsessão.
Quem não quer um grande amor? Alguém conseguiria sobreviver no vazio? Como não lutar por um mundo melhor?
Queremos o amor, Deus e a igualdade. No entanto, pouco sabemos sobre o amor, Deus e igualdade social.
Portanto, queremos – mas não sabemos como e onde encontrar o objeto do nosso querer. Ou seja, precisamos querer – mas sem poder querer demais.
O sentido da vida é aquilo que temos que buscar – mas deixaremos de encontrar exatamente quando quisermos encontrar demais.
Qual é a medida ideal do sentido da vida? Eis a questão.