O mais difícil no amor não é encontrar alguém, gostar da pessoa, do seu jeito, da sua conversa, do seu beijo e do seu sexo.
O problema do amor é a ausência de garantia da permanência desse jeito, da continuidade dessa conversa e da repetição desse beijo e desse sexo.
É uma delícia olhar, ouvir e tocar quem se ama. O problema é quando quem amamos sai do alcance dos nossos olhos, deixa de falar em nossos ouvidos e se separa do nosso tato.
Para onde ele estará olhando quando não estiver mais sob nosso foco? O que estará ouvindo quando nossas vozes não estiverem mais ecoando em seus ouvidos? Em quem estará tocando longe dos nossos abraços?
O outro só é – para nós – enquanto está conosco. Não temos controle sobre quem quer que seja fora do domínio dos nossos sentidos. Ainda não inventaram um dispositivo capaz de grudar pessoas.
O mais difícil no amor não é a certeza da presença. O mais difícil no amor é lidar com o que pode acontecer depois que nos perdemos do olhar, da audição e do toque do outro.
No amor – por incrível que pareça- a liberdade é o nosso maior desespero!
Evaristo Magalhães – Psicanalista
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