O que somos de pulsão agressiva nunca desgruda de nós. Pode acontecer de um simples olhar gerar uma catástrofe.
O que nos faz ser cuidadosos com nossos instintos agressivos? O que nos faz apontar e condenar os instintos agressivos dos outros? O amor.
É o amor que nos faz denunciar o lado bizarro de tudo. É por amor que não deixamos que nosso lado pior nos domine.
É o amor que protege o mundo da destruição.
Não existe cura para a agressividade humana. Não adianta pensar que um dia controlaremos nosso lado mais escabroso.
O que, então, nos faz manter sob recalque o que somos de mais obscuro? A culpa – e se nos sentimos culpados é porque temos amor. Ou seja, remoemos porque nosso amor não foi suficientemente forte para nos conter. Ressentimos porque se pudéssemos voltaríamos atrás e faríamos tudo diferente.
Sem o amor não saberíamos a diferença entre o bem e o mal. Sem o amor não brigaríamos pelo meio ambiente, pelo fim da violência contra a mulher, pelo fim da lgbtfobia e pelo fim do racismo.
Só o amor para nos conter no que somos de pulsão de morte. Como essa pulsão não tem fim, nunca podemos nos perder do amor. É ele que vai e volta sobre ela mantendo-a sob controle. Sem o amor, a sangria do pior desata em nós. Daí …
Evaristo Magalhães – Psicanalista
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