Ninguém está seguro do amor que tem. A qualquer momento o outro pode chegar nos dizendo que encontrou outro amor mais amoroso que o nosso.
O amor nunca é toda a verdade. O que é a verdade? A verdade é só até onde sabemos – e ninguém sabe tudo. Não existe amor sem riscos.
Não seria o amor um misto de controle e de descontrole – e sem deixar que esse descontrole se torne um problema?
Não seria o amor a capacidade de amar e de não amar – e sem que esse paradoxo o impeça de prosseguir?
O amor é como quando sabemos das fraquezas de nossos pais – e ainda assim continuarmos a tê-los como nossos grandes heróis.
O amor é como os vampiros dos filmes de ficção científica. Ou seja, o amor é um vivo-morto.
É por isso que ninguém mostra seu lado feio quando ama. Pobre daquele que ama iludindo-se de que o outro é feito só de bonitezas?!
O amor é bom? Sim. O beijo, o cheiro, o toque, o sexo, o orgasmo e a conversa: tudo isso é muito bom! O problema é estar ciente de que esse bom é só um recorte do amor. O problema é estar ciente – também – do que esse recorte tenta jogar para debaixo do tapete.
Não existe assepsia das emoções!
Evaristo Magalhães – Psicanalista
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