Existe limite para o amor? Sim. De modo geral, ele aparece quando os amantes se tornam possessivos, pegajosos, agressivos e ciumentos demais. Ele aparece quando a relação caminha para o constrangimento, para a inconveniência, para as chantagens e perseguições.
O erotomaníaco desconhece os limites do amor. É por isso que a erotomania, quase sempre, termina em tragédia.
O erotomaníaco toma o amor como a coisa mais importante de sua vida. Quem ele ama se torna uma obsessão, um delírio ou uma loucura.
Ele não consegue pensar em mais nada que não seja a pessoa que ele ama. Tudo de seu passa a girar em torno desse amor. Ele deixa de se ver e passa a se ver para o outro quando está diante do espelho. Tudo de si é o outro que está em sua respiração, visão, audição, tato e paladar.
O pouco do outro é tudo para ele. Ele se sente profundamente amado bastando um pequeno gesto, para si, de quem ele ama – ainda que seja um gesto de pura gentileza.
O problema do erotomaníaco é que esse amor é, quase sempre, só seu. Ele entra em uma alucinação que a pessoa que ele ama o ama tanto quanto ele a ama. A questão é quando ele se dá conta da realidade.
É por isso que a pulsão que move a erotomania é, quase sempre, uma pulsão de natureza mortífera.
Evaristo Magalhães – Psicanalista
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