Evaristo Magalhães – Psicanalista
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Sentimos medo de bicho, trovão e assalto. De modo geral, o medo possui um objeto com nome, tamanho, peso e cor. Possui localização, ocupa um determinado lugar no tempo e no espaço. Do medo, podemos nos defender, agir, correr, gritar e esconder. O medo pode ser estudado, previsto, controlado e combatido. Há sabedoria, filosofia, teologia e ciência para o medo.
Já, o pânico, é o que abole todo o saber que possuímos. Ele suspende tudo o que sabemos da realidade. Ele suspende as coordenadas de lugar, tempo e identidade que possuímos sobre nós mesmos.
A consciência serve para nos antecipar o que se segue ao nosso momento presente. O pânico pulveriza em nós esse saber que nos confere segurança.
O medo gera angústia. A angústia pode ser elaborada. Já, o pânico, nos gera pavor, espanto, terror e horror.
A cultura nos deu os laços sociais como ferramentas para lidarmos com os afetos de pânico. Isso não é suficiente. Há um para além dos laços sociais.
O pânico nos coloca diante de algo nosso que ultrapassa tudo o que aprendemos na família, na escola e na religião.
O que vamos fazer com isso? É de cada um! É aí que temos que inventar quem somos!
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