Evaristo Magalhães – Psicanalista
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Somos o vazio. Durante séculos a humanidade acreditou ser possível preenchê-lo com os objetos da cultura. Hoje, sabemos que nada é capaz de ocupá-lo. Ou seja, não é mais possível uma ética que diga o que podemos e devemos fazer com isso. O vazio é de cada um – e cabe a cada um criar sua própria ética em torno dele.
É dessa invenção – sobre quem não somos – que não estamos dando conta.
Não existe a menor possibilidade de alguém amar, trabalhar e tentar mudar o mundo sem que, antes, tenha dado alguma dignidade a esse vazio que é seu.
Todo o ódio e toda revolta que externamos deve-se – em alguma medida – a isso que negamos em nós mesmos.
Toda a raiva que sentimos tem – sim – um componente projetivo disso que não temos resolvido conosco.
Não podemos negligenciar esse aspecto pessoal presente nos racistas, misóginos e homofóbicos.
Descontamos no outro quando não damos em nós mesmos. É como se o outro funcionasse como uma espécie tampão disso que somos e que não suportamos.
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