Evaristo Magalhães – Psicanalista
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Não podemos achar que descobrimos a felicidade quando estamos amando. O amor não é a nossa verdade. O amor é um recurso que utilizamos como fuga – inicialmente da solidão.
Desse modo, quando amamos, precisamos nos ver nesse amor. Em cada amante o amor está tamponando algo – dele – que é anterior a este amor. É esse algo que é preciso saber de que se trata.
Portanto, muitas pessoas amam é a si mesmas – e não o outro – quando estão amando. Tanto isso é verdade, que quase enlouquecem quando seus amores ameaçam de não mais ocuparem esse lugar de tampão de seus dramas existenciais.
Somos essa nebulosidade enigmática. É ela que nos perturba, angustia e revolta. É, em detrimento dela, que namoramos, trabalhamos e divertimos.
Ela nos acompanha em toda a nossa existência. Nunca nos livraremos dela. Desse modo, podemos perder tudo o que achamos que pode suprimí-la – inclusive o amor.
Portanto, só deveríamos amar depois de nos darmos conta do uso que estamos fazendo dos outros para resolver questões que são nossas.
O outro não pode ser – por mim – quem não sou. Não posso amar sem saber de mim. Não posso levar minhas loucuras para os meus relacionamentos.
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