Quantos não sofrem por amor? Isso é ruim? Para a maioria é o que há de mais desesperador. Quantos não se matam por isso? Não deveria ser assim!
Suportar a perda de um grande amor é a maior prova de amadurecimento que existe. Quem dá conta de um adeus amoroso é porque aprendeu a lidar com a única certeza que temos na vida: perderemos tudo e terminaremos a sós.
Não é masoquismo sofrer por amor. Nunca estamos tão próximos da verdade da vida quando perdemos alguém.
A felicidade no amor é a maior mentira da vida. A vida não nos ama. Não adoeceríamos, não envelheceríamos e não morreríamos se a vida realmente nos amasse.
A vida não quer que nos iludamos com o ter e com o ser. Não deveríamos cobrir nossos mortos de flores. Não deveríamos nos entupir de antidepressivos porque estamos angustiados. Experimentar, encarar e carregar a angústia é a atitude mais revolucionária que se possa ter.
Ninguém está tão perto da verdade quando está diante de uma perda.
É pura covardia querer decifrar os enigmas de existir. É pura covardia querer superar o vazio que ficou. Perder – também – não deveria ser sinônimo de sofrer. Perder deveria ser visto como a experiência mais normal da vida – uma vez que perder é a única possibilidade que temos de ir de encontro ao que somos de mais verdadeiro!
Evaristo Magalhães – Psicanalista
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