Quem dera se existisse palavra para tudo? Não existe!
A vida não é só esse blábláblá sem fim. Ninguém sobrevive só de amor, casas, carros, roupas, viagens etc.
Somos – também – solidão, vazio e escuridão. O que enxergamos quando fechamos os olhos? O que escutamos quando a cidade inteira dorme? Nada.
Portanto, embrenhamos na ilusão de que amar é só quando estamos rodeados de projetos, pessoas e coisas. Esquecemos que a vida não é só isso!
Somos – também – solidão, escuridão e mistério. Isso – também – precisa ser amado.
Sabemos explicar muito bem quando somos indagados acerca dos motivos que nos fizeram amar tal pessoa. Mas, e quando temos que amar o que não tem olhos, boca, forma, corpo e nome? E quando temos que amar o obscuro?
Amar o obscuro? Sim. É porque não o amamos que adoecemos. É porque não criamos intimidade com ele, que ficamos ansiosos e angustiados.
Temos três opções: se não amarmos isso que em nós é sem palavras, teremos que amar as doenças que criamos para nos livrar disso – ou corremos o risco de enlouquecer por isso.
O que você prefere??
Evaristo Magalhães – Psicanalista
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