Nascemos da mais profunda liberdade. Não sabemos de onde viemos e nem para onde vamos. Envelheceremos e morreremos. Estamos aqui de passagem.
Não somos iguais. Nenhuma religião é igual. Nenhum papa é igual.
Todos os humanos que por aqui passaram reagiram a seu modo frente à finitude. Basta observarmos as diversas linguagens e invenções numa tentativa de fazer com que a vida fizesse algum sentido. Nenhuma cultura repetiu a outra. Não existe um padrão.
Ninguém pode querer fazer com que respondamos à nossa existência assim ou assado. Não existe o ser. Existe o fazer.
Os impactos de não saber de si não é igual para todos. Muitos responderam sendo homens ou mulheres. Agora, a resposta pode ser outra. A resposta pode ser qualquer uma – com a condição de que o indivíduo não coloque sua vida em risco.
Se querem nos igualar, descubram a causa de nossas angústias. Daí, não precisaremos inventar mais nada para amenizar nossas loucuras.
Em contrapartida, seremos robotizados!
Evaristo Magalhães – Psicanalista