O motor do amor não é o sexo, as ideias, o corpo e os afetos.
O que move o amor não é o que aparece logo de cara. O amor não é só o que se apresenta.
O amor não é só transar gostoso, ser bonito ou inteligente. Não é nada disso que irá determinar se meu amor dará certo ou não.
O que irá determinar se terei sucesso no amor é o que está invisível no amor.
Sabemos muito pouco do amor. Só associamos nossas vitórias e fracassos ao que o outro fez ou disse. O amor não é nada disso.
Levamos para nossos amores o que – sequer – sabemos sobre nós mesmos. É esse estranho de nós que determinará se seremos felizes ou não em nossos relacionamentos.
Esse nosso outro lado esquisito nunca fica de lado de tudo o que fazemos na vida. Ele é o motor que determinará se sairemos bem ou não no amor, no trabalho e em nossas amizades.
Não é autoconhecimento saber de suas ideias, de sua virilidade e de suas características físicas.
Saber de si é ir de encontro ao que está depois de si. É ir de encontro ao osso de si.
Só estaremos preparados para amar quando dermos conta de quem somos depois de tudo que achamos que somos.
Evaristo Magalhães – Psicanalista