Aprendemos que basta pensar e sonhar que encontraremos a felicidade.
E quando nenhum pensamento resolve? E quando não adianta sonhar?
Somos sobremaneira ingênuos quando achamos que podemos ser salvos pela razão e pela imaginação.
Ficamos destruídos quando nossas ferramentas falham. Não deveríamos! Muito pelo contrário, deveríamos comemorar.
Quase nunca somos quem gostaríamos. Quase sempre somos o que o outro gostaria que fôssemos. Por isso, pensamos e sonhamos só os pensamentos e os sonhos que os outros gostariam que pensássemos e sonhássemos.
Portanto, deveria morrer quem não somos e deveria renascer quem somos quando tudo o que aprendemos deixa de funcionar para nós mesmos.
Mas, somos covardes conosco.
Quando tudo blefa, desembestamos e repetir o que já sabemos que vai blefar novamente. Ou seja, vivemos para jogar fora as oportunidades que a vida nos dá de inventarmos quem somos por nós mesmos.
É uma pena!
Evaristo Magalhães – Psicanalista