Sofre por amor quem tem a mania de ficar correndo atrás dos outros.
Não queira quando não estiver sendo querido.
Para saber do interesse do outro por você, esteja atento à quantas vezes ele te procura. Esteja atento se ele se interessa em saber sua idade, profissão, gostos musicais, gostos estéticos e estilos de balada.
Não é amor quando só um ama.
No amor é fundamental que você dê espaço ao outro para você aparecer nele.
Não sabe o que é o amor quem só se ama. Não sabe o que é o amor quem nada se ama – também.
Não se trata de fazer joguinho, de dar uma de difícil ou de fazer doce.
Todo amor tem um convite implícito. Só é amor quando dois se dão na mesma medida.
A lógica do amor é a seguinte: se o outro perguntou, responda e pergunte em seguida. Se ele respondeu, aguarde a próxima pergunta. Se ele não perguntar, não pergunte também – senão a relação corre o risco de virar um encontro onde a vida de quem pergunta não tem a menor importância.
Amamos, na medida em que interessamos e somos interessantes. Não posso só eu interessar. Tenho que ser interessante – também.
Deixo de existir quando não me permito ser interessante. Preciso me fazer existir – ainda que seja apenas para mim mesmo. Preciso me fazer amado – ainda que seja apenas para mim mesmo.
Evaristo Magalhães – Psicanalista