Trabalho em consultório de psicanálise desde 1997. Gosto de escutar e de propiciar que as pessoas se escutem. É gratificante acompanhar a chegada e a saída de cada um em sua análise.
Cada um que nos procura quer saber algo de si. Quer saber de seus enigmas, angústias, depressões e ansiedades. Quer entender por que não consegue – por exemplo – ter sucesso no amor.
Cada paciente só entra em análise quando percebe que suas dores advêm do conflito entre a realidade e a expectativa criada em torno dela.
Cada um que deita no divã precisa de um bom tempo para elaborar seu luto deste modelo de vida que inventaram para si.
Há os que sofrem pelo tempo perdido. Sofrem porque podiam ter conduzido as coisas de um jeito diferente. Dão conta de que podiam ter amado de outro modo.
Com o tempo vão saindo da condição de vítimas para a condição de responsáveis por suas dores. Com o tempo vão assumindo suas parcelas de culpa em suas queixas.
É gratificante acompanhar cada um na viagem de volta para si. Uma viagem que muitos sequer sabiam por onde começar.
O mais interessante é que cada viagem é única. Ou seja, cada um precisa tomar as rédeas de si e conduzir seus conflitos de forma mais madura e mais responsável.
O psicanalista é o único profissional capaz de cuidar daquilo que temos de mais nosso: nosso eu com nossas verdades.
Evaristo Magalhães – Psicanalista
O que mais amo na escuta clínica é a sensação de estar a todo momento me debruçando sobre um novo romance. Sempre fui aficcionada pela leitura desde os que tratavam a miséria humana e todo seu trágico, como aquele que trazem as banalidades da vida, trivialidades, e conseguem deixar tudo tragicômico, como um filme do Woody Allen.
Verdade Raisa. Vc ja asdistiu A outra de Woody Allen?