uma ordenação
ou uma
acumulação
Evaristo Magalhães
Psicanalista
uma ordenação
ou uma
acumulação
Evaristo Magalhães
Psicanalista
Evaristo Magalhães – Psicanalista
Atendimento online: WhatsApp 31 996171882
A escolha é quando temos opções, possibilidades e caminhos? E quando não há mais o que escolher? É nesse momento que temos que ser eficazes.
Quase sempre achamos que a vida é feita de escolhas. Quem dera! Não existe ninguém igual a ninguém.
Ao perdermos um grande amor, não existe a menor possibilidade de encontrarmos outro amor – sequer – parecido com esse que se foi.
Portanto, podemos até amar de novo. Contudo, há algo desse amor que partiu que teremos que ver o que vamos fazer com ele. Quanto a isso, o mundo não nos dá escolhas. Isso é só nosso.
A questão é que temos a mania de repetir padrões estabelecidos. Daí, passamos a vida sofrendo pelas mesmas coisas. Por que? Porque não sabemos ser eficientes quando tudo o que temos deixa de funcionar. Ou seja, não sabemos nos reinventar sobre o que nada e nem ninguém pode fazer qualquer coisa por nós.
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Achamos que ter poder é ter intelecto, ser rico e ser bonito. O poder não está na inteligência, no dinheiro e na beleza. Nenhuma inteligência e nem mesmo todo o dinheiro e toda a beleza do mundo explica o envelhecer e o morrer – por exemplo.
O poder está do outro lado da sabedoria, da conta bancária e da estética. Não tem poder quem se diz sabedor e dominador de tudo. Tem poder quem sabe lidar com o que nenhum dinheiro, nenhuma inteligência ou beleza compra.
É uma ilusão se deixar seduzir pelo que o outro possui. A inteligência, o dinheiro e a boniteza podem ser adquiridas. Já, o que está depois de tudo isso, só pode ser sentido.
Permita-se seduzir por quem é capaz de não enlouquecer quando bater em sua porta o que nenhuma teoria, nenhuma acumulação e nenhuma imagem é capaz de suprimir.
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Temos o pensamento para pensar, os olhos para ver, ouvidos para escutar e mãos para tocar.
No entanto, somos limitados no que pensamos, vemos, escutamos e pegamos.
Ao nascermos, achamos que nossos pais pensam, vêm, ouvem e alcançam tudo. A angústia e a ansiedade surgem no exato momento em que nos damos conta das limitações de nossos genitores.
Daí, nos abrimos para o mundo na expectativa de encontrarmos algo que ocupe o lugar disso que nossos pais não são.
É porque nossos pais nos faltaram que passamos a pensar, ver, ouvir e tocar com o objetivo de suprimirmos essa angústia e essa ansiedade que herdamos deles. Do contrário, teríamos ficados todos psicóticos.
Fazem muito mal aqueles pais que se colocam – para seus filhos – como sendo o suprassumo da verdade!
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Achamos que o que faz uma pessoa é a família, a religião e a escola.
Agimos como nossos pais gostariam, estudamos a vida toda e acreditamos em Deus. Isso é só uma faceta de quem somos. A maior parte do tempo não somos pelas ferramentas que nos foram impostas ao longo da vida.
Precisamos de aceitação social. Por isso, convivemos, pensamos e rezamos. No entanto, não sofreríamos se a família, a escola e a religião fossem suficientes para a nossa existência. Não é.
A maior parte de nossas vidas, em nossas intimidades, sabemos muito bem como nossos pais, cientistas, filósofos e religiosos não dão conta das nossas angústias mais banais.
Não é a família, a escola e a religião contra nossos dilemas pessoais. Somos tudo isso mais os nossos dramas. Não é uma coisa lutando contra outra. É uma coisa mais outra coisa.
Não adianta confrontar as angústias. Essas angústias são nossas. Nada nos livrará delas. Teremos que carregá-las junto com a família, a escola, a religião, a sociedade de consumo, os antidepressivos e as cirurgias plásticas.
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Duas pessoas são abandonadas no amor. Uma consegue lidar com isso sem sofrer e, a outra, se descabela? Por que?
Penso que não se trata de quem deu conta e de que não deu conta de elaborar a perda. Penso que não se trata de quem é mais e de quem é menos amadurecido psicologicamente.
Penso que se trata de como cada um se relaciona com o que se passa em seu próprio corpo. Achamos que a solução é compreender – pelo viés do sentido – tudo o que nos incomoda. Não é.
Somos racionais demais. Achamos que o conhecimento é a solução. Avaliamos a inteligência de uma pessoa pela qualidade de seu vocabulário. Achamos que a felicidade é explicar tudo direitinho.
Sentiremos angústia – mesmo com o maior amor do mundo.
A alegria de viver não está de fora para dentro do corpo. A alegria de viver não está em acoplar objetos, roupas e palavras ao corpo. A alegria de viver está em aceitar e amar o próprio corpo.
O corpo tem seu próprio acontecimento, a sua própria linguagem e seu próprio tempo. Não adianta lutar contra ele. Não adianta querer compreendê-lo. Não adianta emparelhar coisas nele.
Tudo é corpo. Perder um grande amor faz doer o corpo? Sim. Adianta lutar contra essa dor? Não. E se amássemos essa dor? E se amássemos nossos corpos em todas as suas manifestações? Não sofreríamos menos quando perdêssemos nossos amores?
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Nosso problema é que somos viciados em vida. Tudo em nós gira em torno da sobrevivência. Todo mundo só quer viver. Ninguém quer morrer.
É a vida que move a luta pelo poder, as guerras, a desigualdade social, a riqueza, a vaidade e a inteligência.
Não estou querendo dizer com isso que devemos buscar a morte. Estou querendo dizer que – viciados ou não na vida – vamos morrer de qualquer maneira.
É porque só queremos viver que inventamos o medo, a fobia e o desespero. Entramos em pânico com qualquer coisa que lembre – minimamente – a morte. Talvez, se lidássemos melhor com a finitude, seríamos menos adoecidos, ambiciosos e arrogantes.
É porque tememos a morte que o pior vira objeto de fascínio seja no cinema ou em certos esportes que excitam por colocar seus praticantes no limite da vida.
Não é feliz quem ama apenas viver! A verdadeira felicidade precisa levar consigo a certeza da morte.
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Viver é estar em permanente dívida para com quem convivemos. Será que a atenção que dei para o outro foi suficiente? Será que consegui me fazer entender para ele? Qual quantidade de amor devo dispor para que ele fique satisfeito comigo?
Impossível encontrar resposta para essas perguntas.
É em função delas que ficamos angustiados, ansiosos e depressivos. Muitos desistem por causa delas. Outros preferem viver na concretude do álcool e das drogas para não terem que enfrentar esses dilemas que é estar em relação com as pessoas.
Jamais saberemos qual impacto – mental e sentimental – estamos provocando nos outros. Quase sempre não sabemos o que sentimos e pensamos – sequer – para nós mesmos.
Isso acontece porque não temos um objeto real para quantificar o que pensamos e o que sentimos. Sempre ficaremos em dúvida se fomos – exatamente – compreendidos como gostaríamos. Jamais estaremos seguros se o outro está captando todo o sentimento que estamos expressando para ele.
Será que ele me ama? Será que ele está me entendendo? O que será que ele está sentindo por mim? O que será que ele está pensando de mim?
Não temos alternativa. É preciso amar – e sem qualquer certeza de estar sendo amado.
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Sentimos medo de bicho, trovão e assalto. De modo geral, o medo possui um objeto com nome, tamanho, peso e cor. Possui localização, ocupa um determinado lugar no tempo e no espaço. Do medo, podemos nos defender, agir, correr, gritar e esconder. O medo pode ser estudado, previsto, controlado e combatido. Há sabedoria, filosofia, teologia e ciência para o medo.
Já, o pânico, é o que abole todo o saber que possuímos. Ele suspende tudo o que sabemos da realidade. Ele suspende as coordenadas de lugar, tempo e identidade que possuímos sobre nós mesmos.
A consciência serve para nos antecipar o que se segue ao nosso momento presente. O pânico pulveriza em nós esse saber que nos confere segurança.
O medo gera angústia. A angústia pode ser elaborada. Já, o pânico, nos gera pavor, espanto, terror e horror.
A cultura nos deu os laços sociais como ferramentas para lidarmos com os afetos de pânico. Isso não é suficiente. Há um para além dos laços sociais.
O pânico nos coloca diante de algo nosso que ultrapassa tudo o que aprendemos na família, na escola e na religião.
O que vamos fazer com isso? É de cada um! É aí que temos que inventar quem somos!
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de vazio
não de abismo